- Ano: 2014
-
Fotografias:Giorgio Bordino
Descrição enviada pela equipe de projeto. Esta intervenção representa uma nova abordagem e visão sobre o patrimônio construído nas grandes cidades, por vezes deixado ao abandono e à abrasão do tempo por motivos de ordem histórica, social ou econômica.
Neste exemplo destacamos a vontade e iniciativa do investidor, aliada ao conhecimento dos técnicos, arquitetos e engenheiros, que se combinam para restaurar a vida e dignidade do edifício, que estava num estado de grande degradação e cuja finalidade fora descaracterizada ao longo do tempo. Numa perspectiva contemporânea mas no seu próprio contexto, procurou-se melhorar a experiência de habitar o espaço mantendo o seu caráter e expressão, inclusive na articulação das características intrínsecas do novo e do velho.
Quanto à Arquitetura de Interiores enfatizamos a complexidade e heterogeneidade estrutural, escolhendo os principais elementos resistentes do edifício como guias para o design do espaço, articulando circulações e compartimentos interiores, bem como toda a sua relação com a rua e pátio.
Este edifício destaca-se também pelas intervenções de artistas que, ao instalar de obras de arte no espaço, recuperam o assunto da simbiose arte e reabilitação.
A propriedade, está localizada na atual freguesia de Sta. Maria Maior, em Lisboa, integrada no Nível II de Áreas de Valor Arqueológico.
Estruturalmente, o edifício teve duas fases de construção: A Pré-Pombalina (século XIII-XV) no piso térreo e 1º andar, e a Pós-Pombalina (século XVIII) no 2º andar e sótão. O terramoto de 1755 levou consequentemente a uma fase de reconstrução em que painéis policromos do século XVIII instalados no edifício foram substituídos por painéis Pombalinos.
A reabilitação do edifício teve como objetivo recuperar o seu valor e converter a sua utilização em habitação e turismo local. Edifício apresenta a melhor solução de eficiência energética,classificação (A) , Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2015, Portugal